A Mãe de Todas as Faces é o Espírito da Terra deificado quando esta presenteou os primeiros humanos com identidade própria. Ela não é a deusa responsável pela vida em si, visto que esta, tal como a morte, é fenomenológica, mas foi a responsável por dar um rosto, uma identidade própria, aos primeiros humanos e, por isso, é a Mãe de Todas as Faces. Através dela, espíritos dos mortos, que deixaram a Procissão e retornaram ao Éter, podem ser invocados mais facilmente, pois ela guarda cada rosto consigo, como uma mãe que guarda os dentes de leite de um filho.
Em todo o mundo, a Mãe é reverenciada por seu papel na “criação” da espécie humana e, muito possivelmente, é o motivo da figura materna ser tão louvada em comunidades tradicionais e culturas ancestrais. A escuridão das cavernas e o barro serviu às todas as raças humanas de ventre para a conjuração desta espécie. Foi através da Mãe que os humanos receberam sua primeira benção dos espíritos antigos do Mundo — a existência. Estes ancestrais agarraram-se à terra e se impulsionaram em direção à luz do lado de fora das cavernas e a Mãe os pegou pelos pulsos, lhes deu forma, rosto, personalidade, identidade e permitiu que estes andassem livres pelo Mundo.