Diferentemente das raças de ancestralidade humana, as raças mais velhas são muito diferentes entre si e não compartilham outro ancestral em comum senão a própria magia, o éter. São espécies inteligentes, poderosas e mais sensíveis à energia que envolve o Mundo Físico e Mundo Espiritual, incorporando a própria conversão da energia espiritual em energia mágica. Muitas são consideradas personagens de mito e folclore, raramente são vistas e sua natureza é de difícil compreensão. A maioria destas raças surge em um período pré-histórico do Mundo, onde o Físico e o Espiritual existiam em um contato muito próximo, sem barreiras, o que caracteriza estas espécies como manifestações deste contato entre o mágico e o ideal, o físico e o espiritual, o elemento e o conceito.


GNOMOS

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Dizem que se você andar pelos ermos sem olhar para o chão, acabará pisando em um homenzinho de barro, enterrando seus gritinhos junto com seus ossos e carne esmagadas.

FUNGOS

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Os fungos são, possivelmente, a espécie mais antiga a habitar o Mundo Físico. Formaram-se de maneira discreta, dos restos deixados na terra pelo mar, de uma única criatura. Cresceram e evoluíram durante milhares de anos — um processo lento e complexo — na escuridão e umidade das cavernas. Diferentemente da maioria das criaturas, estas se nutrem do escuro e sua espécie é potencialmente imortal. Sob condições favoráveis, permanecem vivos por tempo demais para qualquer estudioso do assunto se dedicar à análise — mas não significa que não podem morrer. Multiplicam-se rápido, utilizando de um processo de clonagem extremamente complexo, regeneram-se e não envelhecem, mas, enquanto criaturas parasitárias, presas a um local em específico, estão sujeitas à mudança inevitável — mas adaptaram-se a isso também.

Graças ao seu método não convencional de reprodução, que se faz através de esporos — frações muito pequenas, quase invisíveis, de seu ser que se dispersam, carregadas pelo ar, pela chuva e pelos corpos de outros animais — os fungos rapidamente se espalharam pelo mundo inteiro, e adaptaram-se às condições adversas que o Mundo oferecia, mas ainda era um processo lento demais. Estas criaturas alienígenas precisavam de uma forma de crescer, de se transformar e, assim, se espalhar mais facilmente e sobreviver.

Encontraram vida na morte.

Fadas morrem se atraídas para longe de suas Rainhas Mães e, quando mortas, deixam memórias para trás. Através de esporos parasitas, fungos nutriram-se dos cadáveres de muitas fadas, conhecedoras dos Arcano, e absorveram suas memórias e conhecimento para si e transmitiram tudo para a geração seguinte, que fez mesmo. Personalidade, corpo, locomoção, humanidade… um novo nível de consciência alcançado e, talvez, superado. E estas criaturas assustadoras continuaram se desenvolvendo era após era, alimentando o ódio das fadas. Dizem que as fadas criaram os elfos na esperança de que a humanidade, influenciada pela magia élfica que, por sua vez, provém das fadas, superasse seus inimigos ocultos…

WYRM (DRAGÕES)

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Dragões são manifestações da magia em uma forma que melhor exalte toda a sua glória e realeza. Os primeiros dragões, em uma era anterior à própria História registrada, eram espíritos que criaram corpos para si, em um mundo jovem, anterior às raças humanas. Pode-se dizer que foram os primeiros feiticeiros e que fazem magia da forma mais natural possível – inatamente. Tal como respiramos o ar, dragões modificam a realidade. Por muito tempo, estas criaturas foram os grandes e poderosos senhores do mundo inteiro.

Durante sua concepção, ainda dentro de um ovo, e também durante sua juventude e todo o processo de amadurecimento, um dragão permanece exposto a tudo o que o mundo tem a oferecer, sujeito ao ambiente que o cerca. Um dragão é moldado por aquilo que há a sua volta, de forma muito mais intensa do que ocorre aos seres humanos, e esta criatura aceita sua condição na busca de propósito, identidade e ambição – atributos importantes para o amadurecimento de um dragão. O ambiente definirá a aparência, a magia e o comportamento de um dragão. Quando atinge a idade adulta, o momento que representa o auge de sua vida, os valores se invertem e, conforme o dragão envelhece e sua vida imortal corre diante de seus olhos, a realidade torna-se submissa à sua natureza. A fauna, a flora, a magia e até criaturas inteligentes, como humanos, se moldam de acordo com a natureza, o propósito, a identidade, a ambição, daquele dragão.

Este poder está além de seu controle ou vontade. Apenas acontece. Um dragão é como a encarnação de um fenômeno da causalidade. São como verdadeiros deuses. Um exemplo clássico da influência mágica que dragões exercem dentro de seu território são os répteis – todos os répteis, e muitos anfíbios e até mamíferos também, são descendentes, frutos, da influência de dragões sobre o mundo. E, veja, há animais como estes em todo lugar.

Atualmente, dragões são considerados extintos. A influência inata que exerciam sobre o meio em que viviam era vista como ameaça, para as raças humanas principalmente, e estas criaturas foram caçadas por guerreiros e feiticeiros lendários até o desaparecimento completo da espécie. Obviamente, ainda há dragões no mundo, mas a maioria das pessoas desconhece este fato e acredita que esses feiticeiros poderosos são apenas frutos de lendas, mitos e crônicas sobre heróis de um passado distante.

FADAS