Mundo é o termo genérico utilizado para se referir à realidade existente como um todo, englobando não apenas o Mundo Físico, mas seu gêmeo, o Mundo Espiritual. Tudo o que existe do lado de fora da “bolha” que envolve estes dois planos de existência, não podem ser considerados partes do Mundo.
No Ocidente, utiliza-se Erdia como nomenclatura para o mundo que exploraremos em nossa jornada.
Esquema simplista que retrata a interseção entre o Mundo Físico e Espiritual que, juntos, compõem a existência, chamada de Mundo, chamada de Erdia.
Este capítulo vos introduz brevemente a este mundo em que venho trabalhando há, pelo menos, três anos. Este mundo, que já passou por diferentes mudanças, adaptações e até transformações completas, é considerada por mim a minha magnum opus. Muito de mim foi colocado neste cenário, com uma base forte em estudos de Filosofia, Religião Comparada, Mitologia, Antropologia, Psicologia, História e, claro, tudo aquilo que eu mais gostaria de ver em um mundo fantástico.
Este mundo tem suas próprias regras, seu próprio funcionamento e é realista dentro daquilo que se propõe. É um mundo grande, feito com bastante amor, de verdade. É minha obra, é a obra que eu amo.
Mas ele não foi criado sozinho. Foi com o esforço conjunto, a colaboração e bastante sentimento, que novos detalhes foram somados a este grande quebra-cabeça em constante atualização, e esta colaboração se deu através de histórias, contadas em grupo, por amigos dispostos a fazer parte disso, a conhecer e explorar cada floresta, estrada, deserto, castelo, cidade e masmorra que este cenário oferece, amigos dispostos a sofrer na minha mão, pois é um mundo mágico mas, também, cruel.
Este mundo existe enquanto um pedacinho de luz, uma fagulha ou faísca, muito pequena, cercado por trevas, por maldade, por medo, raiva, violência e incerteza, um mundo de tragédias… mas são estas sombras que possibilitam o nascimento de novos heróis, que movem a história ativa e constantemente, sempre provando que a esperança e a bondade podem florescer em solos que, a princípio, parecem inférteis.
Este mundo, e as histórias que nele são contadas, são, acima de tudo e qualquer coisa, sobre pessoas. Não apenas sobre bravos heróis, vilões terríveis e monstros tenebrosos, mas sobre o indivíduo que existe dentro de cada um e como este indivíduo move montanhas, mas, também, se transforma enquanto o faz.
Não é um mundo sobre deuses, mas sobre as pessoas que seguem estes deuses. Sobre valores, histórias pessoais, maneirismos, relações e como a sociedade, e suas diferentes manifestações, se constrói, enquanto um órgão vivo, em torno destes indivíduos.